Contas de luz subiram menos e deram alívio ao IPCA.
Para meses de abril, no entanto, a taxa é a maior desde 2011.
A inflação oficial do país, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) perdeu força e ficou em 0,71% em abril – a menor taxa entre os meses de 2015. Entre meses de abril, no entanto, a taxa é a maior desde 2011, quando ficou em 0,77%.
INFLAÇÃO OFICIAL
Taxa mensal, em %
Fonte: IBGE
Segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula alta de 4,56% nos primeiros quatro meses do ano – a maior taxa para um primeiro quadrimestre desde 2003, quando foi de 6,15%. O IPCA é considerado a inflação oficial do país por ser o índice usado para as metas de inflação do governo.
Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 8,13% – a maior desde dezembro de 2003, quando foi de 9,3%, e 1,63 ponto percentual acima do teto da meta do governo para este ano, de 6,5%.
"O que chama atenção é que, desde o início do ano, a taxa superou 1%. Então, fez um barrigão, e em abril, os preços continuaram a crescer, mas menos acelerado do que nos meses anteriores”, disse Eulina Nunes dos Santos, Coordenadora de Índice de Preços do IBGE.
“Em janeiro, março e abril, o que explica esses resultados é uma concentração de preços monitorados, lembra que foi basicamente os ônibus urbanos, em 2014, nem todos os estados aumentaram as tarifas dos ônibus", explicou Eulina.
"Então, já no início do ano, teve uma avalanche de tarifas, isso aliado em janeiro a reajustes de tarifa de energia elétrica, mais a introdução do sistema de bandeiras tarifárias. E também, se não me engano, em fevereiro, a gente teve a pressão dos combustíveis, a gasolina que pressionou a taxa”. “Os monitorados estão muito acima do IPCA, 9,31% no ano e em doze meses, 13,39%”, ressaltou Eulina.
A especialista do IBGE acrescentou que a inflação do mês de abril também teve influência pela alta do dólar. “Sempre tem a ver com dólar, porque os princípios ativos usados na indústria química têm a ver com dólar”, disse.
Conta de luz
Segundo o IBGE, a maior influência para a desaceleração do IPCA em abril veio dos preços da energia elétrica. O item subiu 1,31% no mês, depois de uma forte alta de 22,08% em março, quando refletiu as revisões nos preços das tarifas de todas as regiões pesquisadas.
Segundo o IBGE, a maior influência para a desaceleração do IPCA em abril veio dos preços da energia elétrica. O item subiu 1,31% no mês, depois de uma forte alta de 22,08% em março, quando refletiu as revisões nos preços das tarifas de todas as regiões pesquisadas.
"Com os aumentos ocorridos, o consumidor está pagando neste ano, em média, 38,12% a mais pelo uso da energia, enquanto nos últimos doze meses as contas estão 59,93% mais caras", explica o IBGE.
“Praticamente o resultado desse ano se deve à energia elétrica", afirmou Eulina. "A energia responde por um quarto do IPCA do ano (...) em doze meses, subiu 59,93%. Isso significa 19,34% do IPCA de doze meses”.
Alimentos e bebidas
No grupo de alimentos e bebidas, a inflação também perdeu força, passando de 1,17% em março para 0,97% no mês passado. Ainda assim, foi o grupo com maior peso sobre o indicador. O IBGE destaca as altas de 17,9% no preço do tomate, de 7,05% na cebola, e de 6,55% no feijão mulatinho.
No grupo de alimentos e bebidas, a inflação também perdeu força, passando de 1,17% em março para 0,97% no mês passado. Ainda assim, foi o grupo com maior peso sobre o indicador. O IBGE destaca as altas de 17,9% no preço do tomate, de 7,05% na cebola, e de 6,55% no feijão mulatinho.
De acordo com Eulina Nunes, o tomate “liderou a alta dos alimentos”. “Vem atribuindo a seca, por ser um produto muito sensível, explicou.
Na outra ponta, as quedas mais relevantes de preços entre os alimentos foram vistas na batata inglesa (-10,02%), mandioca (-8,38%) e farinha de mandioca (-2,78%).
Remédios
Entre os grupos de produtos pesquisados pelo IBGE, o de saúde e cuidados pessoais teve a maior alta em abril, de 1,32%. Essa elevação foi puxada pelos preços dos remédios, que subiram, 3,27%, resultado dos reajustes determinados pelo governo e que entraram em vigor em 31 de março.
Entre os grupos de produtos pesquisados pelo IBGE, o de saúde e cuidados pessoais teve a maior alta em abril, de 1,32%. Essa elevação foi puxada pelos preços dos remédios, que subiram, 3,27%, resultado dos reajustes determinados pelo governo e que entraram em vigor em 31 de março.
“A principal contribuição para o resultado de 0,71% em abril, o principal impacto, ficou com os remédios, que são reajustados anualmente nesse período. Então, a partir de 31 de março foi autorizado aumento no preço dos remédios. Então, pode ser que em maio tenha algum resíduo do item remédios”, explicou Eulina.
Serviços
Segundo Eulina, os serviços têm pressionado a inflação nos últimos anos. Mas nesses quatro primeiros meses, em especial, o índice dos serviços está abaixo do IPCA geral. Isso acontece porque o IPCA geral foi muito pressionado pelos itens monitorados, que nos anos anteriores, trouxeram alívio para a inflação.
Segundo Eulina, os serviços têm pressionado a inflação nos últimos anos. Mas nesses quatro primeiros meses, em especial, o índice dos serviços está abaixo do IPCA geral. Isso acontece porque o IPCA geral foi muito pressionado pelos itens monitorados, que nos anos anteriores, trouxeram alívio para a inflação.
"Os serviços continuam pressionado, mas em tempos atrás, eles estavam praticamente sozinhos”, diz a coordenadora.
Outros destaques
Entre outros destaques que impactaram a inflação em abril, a liderança foi das passagens aéreas, com 10,21%. De acordo com a coordenadora, isso ocorreu por influência dos feriados no mês. “A passagem aérea é muito instável, sobe e desce conforme tem feriado, dependendo muito fortemente da procura e do que as empresas disponibiliza”.
Entre outros destaques que impactaram a inflação em abril, a liderança foi das passagens aéreas, com 10,21%. De acordo com a coordenadora, isso ocorreu por influência dos feriados no mês. “A passagem aérea é muito instável, sobe e desce conforme tem feriado, dependendo muito fortemente da procura e do que as empresas disponibiliza”.
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